Saúde digital: cuidar da saúde dos pacientes através da tecnologia | SEIDOR
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14 de maio de 2024

Saúde digital: cuidar da saúde dos pacientes através da tecnologia

A disrupção que estamos a viver no modelo de cuidados de saúde é cada vez mais evidente. A sociedade mudou as suas necessidades e, até certo ponto, as suas exigências. O setor precisa de mudanças que melhorem a relação entre o profissional de saúde e paciente, a qualidade dos cuidados e a redução da pressão assistencial em certas áreas do nosso modelo de saúde.

Este novo caminho, em que o foco está no paciente, será mais humano, mais proactivo, mais próximo, personalizado e eficaz. Por outro lado, não podemos ignorar a situação global da população. A nível mundial, as melhorias contínuas e a evolução da qualidade de vida das pessoas têm conduzido a uma esperança de vida cada vez mais longa e o envelhecimento da população é um facto mais do que evidente. As comunidades necessitam de recursos e de assistência especializada para fazer face a esta nova realidade.

É previsível que o nosso atual sistema de saúde tenha dificuldade em fazer face a esta pressão suplementar a curto e médio prazo, se não forem introduzidas alterações profundas no modelo. Além disso, o surgimento da Covid-19 revelou algumas lacunas em termos de cobertura e agilidade, exigindo que as estruturas de saúde encontrassem soluções quase imediatamente.

As insuficiências dos modelos de saúde, que evoluíram muito positivamente durante os anos de pandemia, com muito esforço humano por detrás, revelaram o papel essencial que a tecnologia desempenhará no futuro. Se não fosse a aplicação da tecnologia e todas as soluções que foram criadas, a situação teria sido ainda mais delicada. No entanto, o nosso sistema de saúde respondeu com resiliência, aplicando-se e tomando nota para enfrentar os desafios do futuro. O exemplo mais evidente da aplicação da tecnologia e do avanço da I&D foi o desenvolvimento de vacinas pelos laboratórios em tempo recorde. Sem tecnologia de ponta, capaz de operar com grande agilidade e especificidade, isso não teria sido possível.

Outro facto digno de nota é que a redução da pressão assistencial nos cuidados primários e especializados - que ainda pode melhorar muito - tem sido possível, em primeiro lugar, graças ao esforço titânico dos profissionais e, em segundo lugar, às melhorias no software de cuidados, incluindo aplicações de vídeo-consulta, a evolução dos telecuidados, o desenvolvimento de Apps específicas, programas de acompanhamento de doentes crónicos e domiciliários, monitorização de doentes e análise de dados. Em suma, graças à aplicação da tecnologia como elemento trator de base para responder àquele momento excecional, absolutamente único e disruptivo, reduzindo a carga dos profissionais e aproximando-se do paciente. Não esqueçamos que, durante muito tempo, para muitas pessoas idosas ou menos idosas, o único contacto com o mundo exterior foi uma consulta por vídeo com o seu médico ou enfermeiro, mais uma vez utilizando a tecnologia para humanizar situações altamente complexas. Este é talvez o exemplo mais emblemático de como a tecnologia deve estar à disposição dos cidadãos, tornando-a mais compreensível e humana.

Ainda mais depois de uma dura crise sanitária, na SEIDOR estamos consciente da nossa responsabilidade de contribuir com conhecimento para a evolução do setor da saúde, e queremos colocar a nossa experiência e capacidades à disposição do paciente, e as ferramentas necessárias à disposição dos profissionais de saúde. O futuro dos cuidados de saúde terá de resolver problemas complexos para a sociedade, mas a aplicação de I&D de ponta ajudará a resolver os seus desafios imediatos. A boa interpretação da tecnologia será um fator-chave para o conseguir.